sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ora noite, ora dia... O caso.

Era uma manhã de sol de sexta-feira. Ela tinha acabado de acordar de um sonho que tivera...

Ele tinha tido insônia na noite passada, tudo porque resolveu abrir a janela para fumar. Esteve cansado até abrir a janela, foi quando ele viu a lua e se encheu de uma disposição para imaginar.

Ela acordou pensando que ele podia ter telefonado na noite passada, uma lua tão linda... mas, ele não ligou e ela pensou que ele não lembrou dela.

Ele via a lua e imaginou a presença dela no quarto. Um calor amoroso. O sopro da libido invadiu seus pensamentos e ele desejou tocar a imagem da imaginação: era ela com cheiro de flor, irresistível!

Ela fez seu café matinal. O cheiro da água quente se misturando com o pó invadiu a cozinha e ela imaginou servir-lhe delicadamente uma xícara, se ele estivesse na cama desde a noite passada.

Ele, misturando-se a imagem dela, quase real, passou a ouvir os gemidos de gozo que ela emitia. Foi um prazer revê-la!

Ela tomou um banho e saiu.
Ele ainda não acordou. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mundo Pós-moderno

Mundo Pós-moderno
Eu estava lendo Zygmunt Bauman e fiquei pensando nesse mundo que estamos vivendo, o qual sofreu e com ele nós sofremos mudanças incríveis No mundo da modernidade, termo comum entre os contemporâneos da geração pós-revolução industrial, figura no âmbito das relações humanas a era dos grupos de referência. Significa dizer que os padrões obrigatórios de comportamento social tais como religião, casamento, opção sexual estão sofrendo absoluta transformação a ponto de os grupos sociais formarem cada vez mais subgrupos distintos e possíveis como a proliferação de pequenas tribos urbanas a exemplo dos emos, dos punks, dos darks, dos grupos de relacionamento virtual e outros que ao mesmo tempo podem desaparecer de uma hora para outra dependendo da fluidez com que cada grupo se forma.
             Observemos as mudanças nas relações entre o tempo e o espaço, isso altera completamente a relação entre pessoas.  Quando estas grandezas (tempo e espaço) passam a ser categorias independentes, rompe-se a idéia cartesiana.  Quero dizer que quando as distâncias percorridas passaram a depender de meios artificiais de transporte, nos quais os limites de velocidade sofreram transgressões incríveis a exemplo dos dirigíveis até os super sônicos, muda a maneira das pessoas interagirem.
Nada foi tão espantoso quanto a velocidade de contato com o mundo através do sinal eletrônico do celular e da internet, tornando extraterritorial a capacidade de interferência entre os seres humanos. O que isso significa? Que não há mais a necessidade concreta de deslocamento para exercer poder sobre outros, pois não importa mais onde está quem dá as ordens, basta uma ligação, um email e as diferenças entre próximo e distante estão a ponto de desaparecer.
Sem sair de casa, assistindo ao noticiário de TV, pode-se vivenciar a guerra do poder global pela sua liberdade de fluir. Nenhuma comunidade humana pode apresentar barreiras ou fronteiras fortificadas de território enraizado, pois será um obstáculo a ser eliminado. Isso pode parecer antigo se formos pensar no mundo das grandes navegações e as conquistas do novo mundo. Mas o grande diferencial é que, se a proclamação da independência do Brasil fosse hoje, D. Pedro I nem precisaria vir ao Brasil, ligaria de seu celular acertaria uma teleconferência via Skipe e estaria tudo resolvido sem sair de Portugal. Todo o povo brasileiro acompanharia pelo twiter a decisão imperial como seguidores (termo resignificado na internet) do rei. Olha que só, que coisa!