quinta-feira, 23 de setembro de 2010

                                   “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”
                                                               (José Saramago)    

Quando um homem tem olhos de menino, alguma coisa acontece de ambígua quando ele dirige o olhar. Será que isso tem explicação? Eu creio que a responsável seja a natureza. Diz meu pai que a natureza é sábia e eu acredito e não e por uma questão de harmonia entre os corpos naturais, mas por uma cuíra, uma curiosidade, atração e repulsão, movimentos infinitos às vezes até tranqüilos e muitas vezes como os maremotos. Isso ainda não explica quase nada, então sigamos...
O ser humano desde que nasce olha para tudo tentando descobrir o segredo das coisas, e cresce descobrindo palavras, sons, matérias, movimentos, mares, infinitos, etc. Voltemos ao menino pequeno, àquele que persegue a formiga por horas para entender a vida que ela leva consigo. Alguém que observa o menino pode ver no seu movimento de curiosidade inquieta e a poesia que emerge no ato de contemplar: o menino a formiga e o homem o menino.
Quando um homem tem o olhar de menino, traz consigo o espírito inquieto que a natureza, mãe de todas as coisas, lhe fez herdar. Um prazer absoluto pela descoberta e ao mesmo tempo derrama poesia sobre aquilo que dirige o olhar. Há encantamento quando esse olhar me olha, melhora o meu...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Procuro um a bis mo

Que caiba direitinho no meu suicídio de i dé i as
De onde eu possa atirar minhas palavras e
Elas caiam no fundo para que só ou ça o vento
Trazendo de volta
O ar das novas idéias
Um caminho novo de pen sa men to
Lí qui do de saliva renovado
Sem a a ci dez
Da saudade do nada
Que é caminho para o lu gar algum
Força de uma sólida estrutura que precisa ficar líquida
Fluida para o novo que é ve lho
Para o presente que já é pas sa do
Mas nunca será per fei to.
De lá vou partir para o porto in se gu ro
Que sirva de casa sem parede e sem chão
A bri go na rua.