sábado, 18 de dezembro de 2010

QUANDO ALGUÉM CHEGOU

Sentada a porta da casa
Cabelo despenteado, vestido velho e rasgado
Vento soprou
Nem estou esperando alguém...
Se olho ao lado era pra ver ninguém
Barulho de carteiro chegando
Envelopes amarelos, cartas pra mim tem
Nem estou esperando alguém!
Suspiro leve, olhar perdido
Esqueci de mim, sentada a porta
da casa...
Por que? Quem viria? ninguém!
Viagem pelo céu, o vento na imaginação me (e)leva
O barulho das folhas na calçada
Me faz ir às nuvens
Gostosa sensação de não ser
Viver pelos ares, ser ninguém
Até que um cheiro me trouxe de volta
Uma lembrança de alguém
Caí, levemente, nas nuvens
Existe alguém...